Questionamento muito comum no consultório e até nas rodinhas de amigas.
O que está a nosso alcance para que possamos exibir por aí belas garras?
As unhas fazem parte de uma categoria chamada anexos cutâneos.
Seu principal componente é a queratina, que é uma proteína.
Daí já percebemos que uma dieta balanceada nesse componente é essencial para alcançar nosso objetivo. E tanto faz se ela é de origem animal ou vegetal, o importante é que esteja presente na dieta. Em casos de dietas restritivas extremas ou desnutrição, observamos uma piora da qualidade e aspecto de todos os anexos cutâneos, incluindo as unhas. Na unha também encontramos água (em baixa concentração, de 7 a 12%), minerais e lipídeos. As unhas crescem em velocidade variável, mas seguindo um padrão aproximado de 3mm ao mês. Para uma unha se renovar totalmente pode levar até 6 meses.
Por isso, pessoal, paciência ao tratar as unhas! Para revertermos um processo de enfraquecimento já instalado leva tempo.
Hoje em dia, temos evidências científicas fortes a respeito da suplementação de minerais, vitaminas e alguns aminoácidos na dieta, resultando na melhora do aspecto de cabelos e unhas. A dose correta e o tempo de uso da suplementação deve ser indicado por médico ou nutricionista capacitados. Manter a região sempre hidratada é importante para garantir a boa função da cutícula e manter a lâmina ungueal (unha em si) íntegra. Entretanto, o excesso de lavagens ou hidratação excessiva com produtos emolientes podem levar a efeito contrário do desejado, favorecendo a instalação de fungos e quebra das unhas, respectivamente.
O corte das unhas deve ser reto nos pés, para impedir que elas cresçam de forma errada e encravem, causando dor e desconforto no local. Nas mãos, o corte arredondado nos cantos proporciona maior resistência à quebra. Um hábito nada saudável que nós, mulheres, gostamos muito de repetir é a esmaltação contínua, sem pausa entre uma manicure e outra. Os esmaltes possuem substâncias que podem enfraquecer a lâmina ungueal, por isso é muito importante essa folga entre as esmaltações. No salão, a melhor conduta é usar sempre os seus próprios materiais, limpos e esterilizados (não é porque são nossos que não precisam ser limpos a cada processo, ok?!) para evitar contágio por doenças virais transmissíveis e fungos; evitar polir as unhas, que pode deixá-las muito finas, ocasionando a quebra; evitar retirar ou mesmo empurrar a cutícula. Sei que essa última recomendação é uma das mais difíceis de seguir, pois somos muito habituadas a essa prática. Mas, na verdade, a cutícula é sim a defesa das nossas unhas. Ela protege a matriz, que fabrica a lâmina ungueal saudável ou doente. Por isso, o excesso de pele pode ser extraído de forma cuidadosa e delicada, mas o contorno deve ser preservado.,
Algumas doenças sistêmicas podem cursar com alterações nas unhas e existem ainda algumas síndromes que ocorrem nas unhas, como a Síndrome das Unhas Frágeis. Nesses casos, é importante procurar ajuda de um profissional médico capacitado para diagnóstico e acompanhamento do quadro.
Com essas dicas simples, já podemos perceber uma grande diferença na qualidade das unhas. Se o seu caso for persistente, procure seu dermatologista para que ele possa lhe orientar a respeito do que pode ser feito.
